30.10.10

Some pictures!

Aqui ficam algumas fotos do ensaio de segunda feira :




Gustavo, Vanessa & Vanessa - apresentação do poema Cântico Negro de José Régio..





Lia, Jorge, Joana e Marta - apresentação do poema Tabacaria de Álvaro de Campos





Tiago, Diana e Filipa - apresentação do poema Cântico Negro de José Régio



Diana, Tiago, Salomé, Jorge e LiaVanessa, Diana, Gustavo e Vanessa

Luís Sacras e a Madalena

Luís!

Como devem ter reparado se houvesse mais trabalho tudo seria melhor! Mas enfim!

Agora que já temos algumas noções do texto que queremos resta-nos trabalhar, trabalhar e vencer!

Beijinhos

p.s- Comentem :D

22.10.10

Textos dos PANOS

Pois é pessoal!

Os textos tardaram e ainda só enviaram os resumos :P

Vou deixar aqui um bocadinho de cada texto e anseio por saber as vossas opiniões!


Filhos de Assassinos
O presidente do Ruanda está a libertar os assassinos. Anos depois do genocídio tutsi, os perpetradores começam a regressar ao campo a conta-gotas, de volta às suas aldeias. Três amigos – nascidos durante o rescaldo sangrento do genocídio – preparam-se para conhecer os homens que lhes deram vida. Mas à medida que o dia do regresso se aproxima os rapazes são assombrados pelos crimes dos seus pais. Quem nos podemos tornar quando a violência é a nossa herança?



Desligar e voltar a ligar
Alice é uma rapariga que se esforça. Quer levar as alternativas do mundo às suas últimas consequências. Namora com Fred, um Rastafari que por sua vez se esforça por apreciar miúdas com pêlos. Já Allan, que se calhar veio da guerra de África, interessa-se pela evolução de Alice enquanto ele próprio se transforma em jaguar. Entretanto, Mike Tyson, o pugilista que já não bate, mas investe, envia uma estagiária para convencer Alice e os amigos a participarem no seu plano de generosa acumulação do mundo. Na mira de Mike está também Cleópatra, a galinha que põe ovos transparentes, vazios, não comestíveis, onde por vezes surgem cores e onde geralmente não aparece nada. O seu último ovo, porém, tem uma capacidade infinita de armazenamento. Mike entusiasma-se com a hipótese de guardar nele toda a informação do mundo, ao passo que Zipo, o hacker, será seduzido por Alice para o seu radical apagamento.



Dentro de mim, fora daqui
Seis jovens encontram uma mala. Dentro, o futuro de todos eles. A hipótese, pelo menos. A expectativa de mudança traz ao de cima a natureza de cada um, impõe dúvidas e exige decisões extremas.
Dentro de Mim, Fora Daqui é uma história de fé e egoísmo, da procura pelo que que cada um espera encontrar dentro de si próprio, por mais longe que o dentro esteja. Contada e vivida pelos protagonistas em vários tempos que se misturam e diluem, retrata o inconformismo de quem não espera nada mas às vezes exige coisas.

Não se esqueçam que segunda feira temos que apresentar os nossos mini-espetáculos! Força nisso :) e como se diz em teatro, MUITA MERDA!

p.s- quero comentários... eu já facilitei o modo de os enviarem e mesmo assim a preguiça reina! Não custa nada facultarem, aqui, a vossa opinião.

15.10.10

7000 visitas :)

Só para dizer que o nosso blog tem 82 posts(com este), 120 comentários e 7000 visitas... eheh

Desafio!

Olá Pessoal!

Vou deixar aqui os três poemas que temos de trabalhar:

Cântico Negro - José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!


Amar - Carlos Drummond de Andrade


Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru, um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuido pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura
medrosa, paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.


A Tabacaria - Álvaro de Campos

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.

Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas
-Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas
-,E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.

Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira.
Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o;
é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.


Agora cabe a cada grupo fazer um mini-espetáculo sobre um dos poemas... Mais um desafio e sei que somos capazes de o desempenhar ... Muito trabalho está à nossa espera!!!
Mãos À Obra! e Muita Merda!

p.s --- peço desculpa se houver algum erro. Os poemas foram retirados da net!

9.10.10

Um exemplo!



Daniel, como te sentes em ser um ex-Na Xina Lua? :P

Sem dúvida alguma foste, pelo menos para mim, um PAI dos Na Xina Lua! Estavas lá quando havia um problema, estavas lá para ajudar, estavas lá até para nos rir-mos com as tuas palhaçadas!


Estás, na maior parte dos dias, bem -disposto, és uma pessoa simples, inteligente, tens uma força enorme, amas o teatro, adoras dançar, opinar (opinas, opinas, opinas mas é bom ouvir-te), cantar (apesar de partires alguns vidritos :P) e tens a mania que és bom :D

Falo por mim mas penso que a opinião é unânime: Aprendemos muita coisa contigo, não só a nível teatral, e tu sabes disso, mas também a nível pessoal.
Ensinaste-nos a amar, amando-nos, a respeitar, respeitando-nos... ensinaste-nos a viver, vivendo todos os dias com um sorriso nos lábios!


É óbvio que cada um de nós teve uma experiência diferente contigo mas uma coisa é comum: o teu exemplo!

Só temos uma palavra para ti: Obrigado!!!

E acredita que terás sempre um lugar muito especial no nosso coração*****


Deixo-te aqui um excerto de uma música:
“Follow your steps and you will find
the unknow ways are in your mind
need nothing else than just your pride
to get there...
so, carry on, there's meaning to life
which someday we may find...
Carry on, it's time to forget
the remains from the past, to carry on.”

Deves estar a olhar para isto sem perceber nada, não é, menino Daniel? Eu sei que o teu forte não é inglês, por isso, aqui vai a tradução :P

Segue os teus passos e descobrirás os caminhos desconhecidos que estão na tua cabeça. Não precisas de mais nada, além do teu orgulho para lá chegar...
Então, segue em frente, a vida tem um sentido, que um dia poderemos descobrir... segue em frente, é hora de esquecer os restos do passado para ir em frente.

Espero que saibas que estamos cá, sempre disponíveis para aquilo que precises...

Faz a tua felicidade :D

beijO

6.10.10

Os nossos ensaios - filho da p***

Olá!

Quero dar a conhecer aos leitores que nós, os Na Xina Lua, temos ensaio à segunda, a partir das 16:30h e às quartas às 14:30.
Como ainda não chegaram os textos (estamos ansiosos para os ver!), durante estes últimos ensaios temos feitos: jogos de confiança, improvisações, o controlo da respiração e trabalhámos a nossa dicção com o poema o seguinte poema:

I
O pequeno filho-da-puta
é sempre um pequeno filho-da-puta;
mas não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não tenha a sua própria
grandeza,
diz o pequeno filho-da-puta.

no entanto, há filhos-da-puta
que nascem grandes e filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o pequeno filho-da-puta.

de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos palmos,
diz ainda
o pequeno filho-da-puta.

o pequeno
filho-da-puta
tem uma pequena
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o pequeno
filho-da-puta.

no entanto,
o pequeno filho-da-puta
tem orgulho
em ser
o pequeno filho-da-puta.
todos os grandes
filhos-da-puta
são reproduções em
ponto grande
do pequeno
filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.

dentro do
pequeno filho-da-puta
estão em ideia
todos os grandes filhos-da-puta,
diz o
pequeno filho-da-puta.
tudo o que é mau
para o pequeno
é mau
para o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.

o pequeno filho-da-puta
foi concebido
pelo pequeno senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz o pequeno filho-da-puta.

é o pequeno
filho-da-puta
que dá ao grande
tudo aquilo de que
ele precisa
para ser o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.

de resto,
o pequeno filho-da-puta vê
com bons olhos
o engrandecimento
do grande filho-da-puta:
o pequeno filho-da-puta
o pequeno senhor
Sujeito Serviçal
Simples Sobejo
ou seja,
o pequeno filho-da-puta.

(...)
por isso
o grande filho-da-puta
tem orgulho em ser
o grande filho-da-puta.

(...)
Alberto Pimenta - discurso de um filho-da-puta

Cada um tinha uma pequena parte do poema para decorar e dizer bem, ou seja, com uma boa dicção... além disso a Gil sugeriu para metade do grupo dizer o seu texto a cantar rock e outra metade a cantar ópera... (adorei ouvir, provavelmente, com as nossas vozes de rouxinol ainda nos contratam para fazermos um musical ou então para fazermos parte do coro da igreja eheh)

Os ensaios estão a ser altamente, não acham? O que gostaram mais de fazer?
Quero saber as vossas opiniões :P


A palavra de hoje é : Filho-da-puta!

2.10.10

1º ensaio deste ano lectivo!

E aqui estão os vídeos do nosso primeiro ensaio! Comentem as nossas figuras :P

beijinhos