18.10.11

Prólogos acabadinhos de sair :)

Alô, alô. Cá estou eu outra vez para trazer mais algumas novidades, desta vez são os resumos dos textos propostos pelo Panos.
Aqui estão os 3 resumos:

Liceu Hölderlin
de Pedro Mexia

TEMA: O Romantismo enquanto juventude literária, a juventude enquanto Romantismo etário.
ENQUADRAMENTO: A peça passa-se quase inteiramente num liceu, num país indeterminado, embora as personagens falem, naturalmente, em português, e tenham nomes portugueses. Não há no entanto qualquer referência local. Os cenários são: uma sala de aula (cenas 1, 3 e 5), o pátio da escola (cena 2) e um relvado não-identificado, talvez um parque ou um campo de jogos (cena 4). A linguagem das personagens é semi-realista: usam um vocabulário moderno mas não empregam coloquialismos ou calão.
PERSONAGENS: Seis alunos liceais com 15 ou 16 anos: Sofia, Frederico, Tiago, Henrique, João, Catarina. E outros alunos, sem falas. Os nomes são os dos escritores românticos alemães ou de pessoas do seu círculo.
SITUAÇÃO: Um enredo liceal normal: tédio, conquistas, perguntas, amores não correspondidos. Fred está apaixonada por Sofia, que acha que ele é demasiado idealista para amar alguém. Sofia tem um namorado. Fred está desesperado e confiante, e aperfeiçoa um entendimento do mundo à sua circunstância pessoal. Perante a incompreensão de todos, insiste na sua espera. Sofia parece cair-lhe nos braços, mas talvez seja um engano.
TEXTOS CITADOS: Dos autores românticos alemães Hölderlin, Friedrich Schlegel, Fichte, Novalis, Bettina Brentano e Kleist. As citações são parciais, nalguns casos um pouco modificadas, e com alusões a outros textos destes autores.
MÚSICA: Schubert, Bruckner, The Smiths.
DURAÇÃO: Aproximadamente 50 minutos.

Pedro Mexia nasceu em 1972, em Lisboa. Licenciado em Direito pela Universidade Católica. Foi crítico e cronista no Diário de Notícias e no Público. Escreve actualmente no Expresso e na revista LER. É um dos membros do programa Governo Sombra, na TSF. Foi subdirector e director interino da Cinemateca. Tem colaborado regularmente em projectos das Produções Fictícias.
Publicou seis livros de poemas, antologiados em Menos por Menos (2001), três livros de crónicas e três volumes de diários, escolhidos de entre textos publicados em blogues. Mantém o blogue Lei Seca (www.a-leiseca.blogspot.com).
Colaborou duas vezes no projecto de peças curtas portuguesas Urgências (Teatro Maria Matos). Adaptou para teatro (com Ricardo Araújo Pereira), Como Fazer Coisas com Palavras, do filósofo inglês John Austin (Teatro São Luiz). Publicou a peça Nada de Dois (encenada no Brasil e no Canadá) e escreveu Pigmalião, a partir de Ovídio (Teatro Oficina). Traduziu e encenou Agora a Sério, de Tom Stoppard (Teatro Aberto), peça também editada em livro.

Septeto Fatal
de Alex Cassal

Velocistas, telepatas, alienígenas, viajantes do tempo, camaleões-humanos, miúdos longevos. Os seus corpos transformam-se da noite para o dia. Falam uma língua incompreensível. Parecem ter vindo de outro planeta. São mais  fortes, inteligentes, hábeis, intrépidos. Têm apetites vorazes. Mal controlam as suas capacidades. São adolescentes com superpoderes: o Septeto Fatal. Um grupo de heróis relutantes, divididos entre ameaças apocalípticas e os exames de fim de ano.
O texto de Alex Cassal explora as possibilidades de um teatro que cria universos impossíveis e ilimitados. Um estudo sobre amizade, inadaptação, desejo e dúvida, sobre os sentimentos contraditórios que acompanham o amadurecimento. Um texto sobre o poder que temos quando somos jovens – e as consequências disso.

Peça que pode ser representada por um elenco numeroso, de várias idades: para além do Septeto há o grupo dos Sinistros, e uma das personagens assume diversas formas humanas…

Alex Cassal é um historiador, encenador e performer brasileiro. Desde os anos 80, trabalha com teatro, circo, dança, vídeo e performance. Vive no Rio de Janeiro, onde colabora com artistas como Dani Lima, Alice Ripoll, Gustavo Ciríaco e Enrique Diaz. É fundador, com Felipe Rocha, da companhia Foguetes Maravilha, tendo criado espectáculos como Ele precisa começar, Ninguém falou que seria fácil e 2histórias. Desde 2009 vem colaborando com o colectivo português Mundo Perfeito: Estúdios, Cartões de visita, Hotel Lutécia e Mundo Maravilha (estreia no segundo semestre de 2012). Durante cinco anos foi professor da REDES – Redes de Desenvolvimento da Maré, trabalhando com jovens de uma das maiores favelas do Rio de Janeiro. Ainda lê banda desenhada.

The Grandfathers
de Rory Mullarkey

Tanto em Portugal (recentemente) como no Reino Unido (há 50 anos) acabou o serviço militar obrigatório, mas continua a haver adolescentes por todo o mundo a serem mobilizados para as forças armadas The Grandfathers acompanha oito jovens recrutas no treino que os transforma em máquinas de guerra.
Numa estrutura em flashback, a primeira cena passa-se entre tiros e explosões, enquanto os soldados adolescentes vêem morrer o seu amigo. A seguir recorda-se a viagem que os integrou na máquina militar: os momentos em que tiveram de ser capazes de apunhalar um saco de areia, em que tiveram de reagir à incursão de um pássaro ferido no seu território e em que aprenderam a ignorar o escuro.

Peça para nove actores, de qualquer género, preferencialmente a partir dos 15 anos. 

Rory Mullarkey é licenciado pela Universidade de Cambridge em Russo, Latim e Ucraniano. Também estudou na Academia Estatal de Artes Teatrais em São Petersburgo, tendo vivido a maior parte de 2008 no Quirguistão, na Ásia Central.
É tradutor de teatro russo, tendo colaborado com o ADC Theatre de Cambridge, o Royal Court de Londres e o Teatro Livre da Bielorrússia.
Entre as suas peças contam-se: Single Sex (Royal Exchange), Remembrance Day (Royal Court), Tourism (Headlong) e Come To Where I’m From (Paines Plough).
Em 2010 foi escritor residente no Royal Court, e está actualmente em residência no Royal Exchange Theatre, Manchester.





Leiam e digam o que acham dos textos ;D

Namaste rentes à terra ;)
 




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